sábado, 6 de outubro de 2012

Curiosidade pelos leitores.

Então essa noite, estava pensando o que eu quero com o curso de arquitetura e o motivo que me levou a querer fazê-lo. O que eu pensei e respondi pra mim eu sei. Mas fiquei curiosa quanto a vocês. O que vocês querem com o curso da arquitetura e o que levou vocês a esse curso?

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Sanitários Secos


A câmara de compostagem/banheiro seco substitui de maneira muito eficaz e funcional o tradicional sistema hidráulico de saneamento a qual estamos habituados. Para tal, além dos preconceitos implícitos à técnica (mau cheiro e eficiência), temos de nos desprender de certos hábitos comportamentais e promover uma mudança conceitual na destinação final dos nossos dejetos. O sanitário seco é constituído por uma câmara fechada, normalmente localizada abaixo do piso do banheiro, para onde são destinados os dejetos humanos, que podem ser misturados aos restos orgânicos da cozinha (restos de comida, casca de frutas e vegetais, etc) onde, naturalmente, ocorre a formação de uma colônia de bactérias que faz a digestão da matéria orgânica depositada ali.
Existem várias técnicas e opções para a construção da câmara de compostagem, o que vai depender do local e da mão de obra disponível. Existem opções pré-fabricadas em fibra de vidro, alternativas de moldar o mesmo in loco com concreto e tela de galinheiro, e até mesmo com reaproveitamento de tonéis metálicos ou plásticos.
 Os sanitários secos exigem algumas características básicas que devem ser observadas no processo de construção e uso. O receptáculo de dejetos deve ser estanque, de modo a evitar a contaminação do solo e, por consequência, os lençóis freáticos. Também deve possuir um tubo de ventilação, normalmente pintado de preto e na altura dos ventos, que faz a sucção do ar aquecido e, assim, a eliminação de qualquer mau cheiro. A cada utilização do sanitário seco, é importante recobrir os excrementos com folhas secas ou serragem, ajudando na formação da massa a ser compostada, absorção dos líquidos, e as tampas devem ser sempre vedadas, evitando a entrada de insetos. O processo de compostagem pode durar de seis meses a um ano, quando enfim é retirado o adubo orgânico em forma de terra preta, que pode ser levado a um minhocário para transformação final e húmus, ou até mesmo ser lançado em pomares, jardins, etc.
O mais importante deste sistema, além de fechar um ciclo de consumo e destinação totalmente sustentável aos dejetos humanos, problema grave para nosso meio ambiente, é a economia e o uso racional da água, que se torna um diferencial considerável neste processo. Caso aquela família de quatro pessoas, citada inicialmente, adote um sistema de saneamento baseado na compostagem, haveria, pelo menos, a economia anual de 65.700 litros de água tratada e potável que seriam perdidas esgoto abaixo.

Vantagens:

1 - Não utiliza água para descarga.
2 - Não produz efluente.
3 - Não transfere para os solos e rios os patógenos associados às fezes humanas.
4 - Não tem mal cheiro.
5 - O material compostado vira um adubo orgânico para agroflorestas ou alimentos para que as minhocas produzam seu poderoso húmus.




Tratamento Local de Esgotos


A água usada nas atividades domésticas se transforma no resíduo líquido conhecido como esgoto, que pode causar sérios problemas tanto ao meio ambiente quanto à saúde das pessoas. O esgoto doméstico pode ser tratado com relativa facilidade antes de ser lançado no ambiente. Para cada R$ 1 investido em saneamento, o setor público economizaria R$ 4 em medicina curativa. No Brasil, pelo menos 80 doenças são transmitidas pela falta de saneamento.
Um biodigestor é uma câmara hermeticamente fechada onde matéria orgânica diluída em água sofre um processo de fermentação anaeróbia (sem presença de oxigênio), o que resulta na produção de um efluente líquido de grande poder fertilizador (biofertilizante) e gás metano (biogás). Pode ser feita com tijolos maciços ou com argamassa armada (ferrocimento).

Vantagens:

1 - A ECOFOSSA - Atende de maneira simples, eficiente e barata, desde uma única residência até á cidade inteira . O sistema adéqua o efluente à emissão em solos e protege o meio ambiente fazendo o tratamento sem qualquer contato prévio com o solo.
2 - O sistema se vale da ação das bactérias presentes no esgoto, que promovem a biodigestão e que também serão úteis quando do lançamento do efluente no solo, ensejando tanto a formação de húmus como a de compostagem.  De funcionamento muito simples, o esgoto sanitário é acumulado no sistema, de modo hermético e, à medida que vai recebendo material orgânico novo, vai liberando automaticamente, um efluente líquido, biodegradado, nitrogenado e fosfatado que nada mais é do que o produto anaeróbico do esgoto biologicamente tratado. Biodigerido, este efluente é um excelente fertilizante.
3 - Poderá ser reutilizado na irrigação de jardins, gramados e pomares, promovendo substancial economia no consumo d'água e nos gastos eventuais com adubos e fertilizantes, ou poderá ser lançado sobre resíduos orgânicos formando compostagem, ou poderá ainda ser lançado em sumidouro (desde que as condições do terreno permitam).
4 - O esgoto da sua residência pode ser reaproveitado deste modo porque já é esgoto tratado.
5 - O Sistema Ecológico de Tratamento de Esgoto poderá resolver também o destino do lixo orgânico da sua cozinha. Se você já construiu o sistema convencional de esgotos na sua residência, nada impede a adaptação deste sistema de biodigestão, com aproveitamento parcial da estrutura existente.
5 - O Sistema Ecológico de Tratamento de Esgoto pode ser usado em qualquer tipo de solo, se dimensionado e adequado para as diferentes situações que se apresentam.
6 - O Sistema Ecológico de Tratamento de Esgoto, ao promover a degradação do material orgânico do esgoto, faz simultaneamente saneamento básico.
7 - A Fossa Ecológica - ecofossa, é um biodigestor com a devida adequação para o tratamento de esgoto domiciliar, substituindo mecanismos poluidores. Não podemos continuar agredindo a natureza, como se não dispuséssemos de suficientes conhecimentos para agir corretamente.




Sistemas de Geração de Energia Local


A Energia solar é a designação dada a qualquer tipo de captação de energia luminosa, energia térmica (e suas combinações) proveniente do sol, e posterior transformação dessa energia captada em alguma forma utilizável pelo homem, seja diretamente para aquecimento de água ou ainda como energia elétrica ou energia térmica. Os painéis fotovoltaicos são compostos por estruturas chamadas células fotovoltaicas, que têm a propriedade de criar uma diferença de potencial elétrico por ação da luz. O efeito fotovoltaico faz com que essas células absorvam a energia do sol e façam a corrente elétrica fluir entre duas camadas com cargas opostas.

Vantagens:

1 - A energia solar não polui durante seu uso. A poluição decorrente da fabricação dos equipamentos necessários para a construção dos painéis solares é totalmente controlável utilizando as formas de controle existentes atualmente.
2 - As centrais necessitam de manutenção mínima.
3 - Os painéis solares são a cada dia mais potentes ao mesmo tempo que seu custo vem decaindo. Isso torna cada vez mais a energia solar uma solução economicamente viável.
4 - A energia solar é excelente em lugares remotos ou de difícil acesso, pois sua instalação em pequena escala não obriga a enormes investimentos em linhas de transmissão.
5 - Em países tropicais, como o Brasil, a utilização da energia solar é viável em praticamente todo o território, e, em locais longe dos centros de produção energética sua utilização ajuda a diminuir a procura energética nestes e consequentemente a perda de energia que ocorreria na transmissão.

Desvantagens:

1 - Existe variação nas quantidades produzidas de acordo com a situação climática (chuvas, neve), além de que durante a noite não existe produção alguma, o que obriga a que existam meios de armazenamento da energia produzida durante o dia em locais onde os painéis solares não estejam ligados à rede de transmissão de energia.
2 - Locais em latitudes médias e altas (Ex: Finlândia, Islândia, Nova Zelândia e Sul da Argentina e Chile) sofrem quedas bruscas de produção durante os meses de Inverno devido à menor disponibilidade diária de energia solar. Locais com frequente cobertura de nuvens (Londres) tendem a ter variações diárias de produção de acordo com o grau de nebulosidade.
3 - As formas de armazenamento da energia solar são pouco eficientes quando comparadas por exemplo aos combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás), e a energia hidroelétrica (água).
4 - Os painéis solares têm um rendimento de apenas 25%.





A energia eólica é a energia que provém do vento. O termo eólico vem do latim aeolicus, pertencente ou relativo a Éolo, deus dos ventos na mitologia grega e, portanto, pertencente ou relativo ao vento.

Vantagens:

1 - É inesgotável.
2 - Não emitem gases poluentes e nem geram resíduos.
3 - Diminui a emissão de gases de efeito de estufa (GEE).
4 - Os parques eólicos são compatíveis com outros usos e utilizações do terreno como a agricultura e a criação de gado.
5 - Criação de emprego.
6 - Geração de investimento em zonas desfavorecidas.
7 - Benefícios financeiros (proprietários).
8 - Reduz a elevada dependência energética do exterior.
9 - Poupança devido à menor aquisição de direitos de emissão de CO2 por cumprir o protocolo de Quioto e diretivas comunitárias e menores penalizações por não cumprir.
10 - Possível contribuição de cota de GEE para outros setores da atividade econômica.
11 - É uma das fontes mais baratas de energia podendo competir em termos de rentabilidade com as fontes de energia tradicionais.
12 - Requer escassa manutenção (semestral).
13 - Boa rentabilidade do investimento.

Desvantagens:

1 - A intermitência, ou seja, nem sempre o vento sopra quando a eletricidade é necessária, tornando difícil a integração da sua produção no programa de exploração.
2 - Pode ser ultrapassado com as pilhas de combustível (H2) ou com a técnica da bombagem hidroeléctrica.
3 - Provoca um impacto visual considerável, principalmente para os moradores em redor, a instalação dos parques eólicos gera uma grande modificação da paisagem.
4 - Impacto sobre as aves do local: principalmente pelo choque destas nas pás, efeitos desconhecidos sobre a modificação de seus comportamentos habituais de migração.
5 - Impacto sonoro: o som do vento bate nas pás produzindo um ruído constante 43DB. As habitações mais próximas deverão estar no mínimo a 200m de distância.

Lembrando que quando se fala de energia local, se fala de energia de pequeno porte, uma que se possa ter em casa. Ou seja, existe energia eólica para residencias, só não são tão grandes quanto as daqui.




Sistemas de Coleta e Aproveitamento da Água da Chuva


Devido ao grave problema da escassez da água de boa qualidade pelo qual o planeta está passando, surge o sistema de aproveitamento de água da chuva como uma das principais soluções para melhor gestão do uso da água,  incluindo benefícios sociais.
O sistema de coleta consiste na área de contribuição (ou captação), calhas e coletores (verticais e horizontais), dispositivos de descarte de sólidos (como folhas, gravetos e detritos), dispositivos de desvio de água das primeiras chuvas e reservatórios (inferior e superior).
Esta água é destinada ao abastecimento de pontos voltados a atividades não potáveis, devido ao risco de contaminação da água coletada. Esses pontos são os seguintes: descarga do vaso sanitário, tanque, máquina de lavar roupa e torneira externa (para irrigação da horta, lavagem de pisos, veículos, e outros usos não potáveis).

Vantagens:       

1 - Conveniência (o suprimento ocorre no ponto de consumo).
2 - Fácil manutenção.
3 - Baixos custos de operação e manutenção.
4 - Qualidade relativamente boa (principalmente quando a captação é feita em telhado).
5 - Baixo impacto ambiental.
6 - As tecnologias disponíveis são flexíveis.
7 - Construção simples.
8 - Serve além de fonte de água como uma medida não estrutural para drenagem urbana.

Desvantagens:

1 - Alto custo (principalmente quando comparada com outras fontes).
2 - Suprimento é limitado (depende da quantidade de precipitação e da área de telhado).
3 - Custo inicial alto.
4 - Não atrativo a políticas públicas.
5 - Qualidade da água vulnerável.
6 - Possível rejeição cultural.



Fachadas Verdes


A utilização dos jardins verticais existe há centenas de anos, mas a forma como está sendo feita atualmente é nova. As fachadas verdes podem ser feitas de duas formas: A maneira mais antiga: com trepadeiras plantadas no chão (base da parede) que se fixam às paredes ou telas ou ainda com sistemas que criam espaço para que a vegetação seja plantada na vertical por toda a parede. A instalação pode ser feita em qualquer lugar, desde que haja o mínimo de infraestrutura, tendo apenas o cuidado para não provocar infiltrações. A parede deve ter uma capacidade estrutural mínima, em geral deve ser capaz de suportar 50kg/m2, devem haver pontos de entrada de água por perto para que seja feita a irrigação das plantas e saídas de água para que seja possível drenar o excesso de água feito a partir das regas. Devem ser observadas as condições de luminosidade da vegetação, para que as espécies certas sejam plantadas.

                Vantagens:

1 - Moderado custo de implantação/manutenção.
2 - Redução significativa da temperatura interna dos ambientes.
3 - Isolamento acústico e redução da poluição sonora.
4 - Aumento da umidade relativa do ar localmente.
5 - Captação de carbono e precipitação de materiais particulados do ambiente.

Os jardins verticais, ou fachadas verdes embelezam as edificações e melhoram o conforto térmico das edificações residenciais e comerciais.

Desvantagens:

1 - Irrigação, quase nenhum jardim vertical pode sobreviver sem um sistema de irrigação, principalmente em áreas internas ele é imprescindível.
2 - Custo de implantação do sistema e sua devida manutenção.
3 - Caso o sistema não seja aplicado de forma correta, pode gerar infiltração de água e umidade dentro do edifício.





Coberturas Verdes


Contribuem para a sustentabilidade ecológica do ambiente urbano. São constituídas por um sistema de engenharia ligeiro que permite a plantação e crescimento de plantas e flores sobre uma laje convencional. Este é um sistema integrado por seis camadas sobrepostas ao telhado do edifício, para assegurar um correto isolamento, para a integridade dos materiais de construção e para a vida do reino botânico que acolhe. A vegetação adequada para as coberturas verdes é escolhida em função das condições climáticas próprias de cada cidade e das características físicas do edifício. Consideram-se ideais aquelas espécies cuja altura é baixa, que crescem e se expandem com rapidez, com alta resistência à seca e que não necessitam de irrigação ou nutrição.

Vantagens:

1 - Combate à ilha de calor urbano, fenômeno responsável pelo incremento de temperatura dentro do perímetro de uma cidade devido ao aquecimento que produzem os gases de veículos e aparelhos de ar-condicionado, assim como pela energia solar absorvida pelas superfícies urbanas, depois irradiado à atmosfera como calor.
2 - Melhora da qualidade do ar na cidade devido à capacidade das plantas e árvores para absorver as emissões de CO2.
3 - Reduz a incidência de ventos.
4 - Filtra o ar absorvendo partículas de pó até 85%.
5 - Provoca uma redução das águas pluviais até 70%, e consequente redução da pressão nos esgotos da cidade.
6 - Proporcionam espaços agradáveis à vista, com possibilidade de uso para lazer, a nível público (jardim ou parque urbano), ou para os vizinhos de um imóvel, ou para os trabalhadores de uma empresa.
7 - Aumenta os espaços de habitat para pássaros e borboletas.
8 - Maior longevidade do telhado (estimativa de 40 anos contra os 10/15 das coberturas planas tradicionais).
9 - Aumento da eficiência energética nos edifícios pelas suas propriedades isolantes, reduzindo assim os custos de aquecimento e refrigeração sem necessitar de isolamento térmico.
10 - Melhoria da acústica do edifício.

Na era do aquecimento global, em que o planeta corre sérios riscos ambientais, nada mais acertado do que investir no uso de tecnologias sustentáveis, principalmente na construção civil.

Desvantagem:

1 - Sistema construtivo mais caro (mas rapidamente recuperado pela poupança energética).




Bambu


O bambu é uma nova tecnologia viável para a construção civil, apesar de apresentar alguns pontos negativos, eles são facilmente resolvidos. Embora seja possível executar uma construção apenas com bambu, costuma-se também associá-lo a outros materiais, tais como, madeira e terra, dependendo da disponibilidade local e adequação de uso. A construção em bambu consiste primeiramente na colheita do mesmo e logo após o tratamento químico. Em geral o bambu apresenta baixa resistência ao ataque de insetos.  São deixados submersos em água, por sete dias para, através do processo de fermentação, conseguir-se a eliminação parcial do amido, o qual é o principal alvo do ataque de carunchos. Após o tratamento os colmos são deixados secar à sombra, por um período em torno de 30 dias.

                Vantagens:
                1 - O material não é poluente, ao contrário do amianto.
                2 - As reservas de bambu são renováveis.
                3 - Baixo custo, pode reduzir em mais de 30% o custo final da construção.

                Pesquisas sobre a substituição do aço pelo bambu na fabricação de estruturas de concreto. O material tem resistência suficiente para ser utilizado na fabricação das estruturas. Nos ensaios realizados, o bambu apresentou resistência à tração de 200 MPa, índice próximo aos 240 MPa apresentados por uma chapa de aço.

                Desvantagens:
1 - Ausência de área de serviço adequada.
2 - Baixo isolamento acústico de ruídos externos e internos.
3 - Falta de conforto térmico no inverno.
4 - Má locação do tubo de ventilação.




Fardos de Palha


Os fardos de palha formam um bloco de construção extremamente forte. Podem servir como o próprio bloco estrutural da construção ou como enchimento para isolamento em uma estrutura de colunas e vigas tradicional, onde a estrutura sustenta a casa.
Uma casa de palha usa os fardos como isolante ou como blocos estruturais da construção. As paredes são rebocadas. Esse tipo de construção está chamando a atenção como um método natural de construção. Em 2001, uma empresa britânica estimou que cerca de mil novas estruturas de fardos de palha estavam sendo construídas por ano no mundo inteiro. Ao contrário do que se pode pensar, as casas feitas de fardos de palha não apresentam risco de incêndio.
Há disponibilidade de palha na maior parte do país, o que reduz os custos de transporte para a construção. Com mais de 50% de todos os gases que provocam o efeito estufa sendo produzidos pela indústria da construção e o transporte associado a ela, essas economias podem ser significativas.

Vantagens:

1 - Excelente isolamento acústico.
2 - Isolamento térmico pode economizar até 75% nos custos anuais com aquecimento e refrigeração.
3 - Três vezes mais resistentes ao fogo do que casas convencionais, como os fardos formam blocos compactos, não há oxigênio nem possibilidade de combustão. O Conselho Nacional de Pesquisa do Canadá realizou testes nos quais as paredes de fardo de palha suportaram temperaturas de até 1.010ºC durante duas horas

                Desvantagem:

A principal ameaça para casas de palha é a umidade, como também é para muitas outras.

                Existem dois métodos de construção das casas de palha:

 1 - Projeto de colunas e vigas, o esqueleto da casa é feito por uma estrutura que suporta o teto, enquanto os fardos de palha são colocados como isolantes. Esse método é normalmente mais aceitável pelas prefeituras, financeiras e seguradoras norte-americanas porque é o mais próximo da forma de construção padrão.
2 – Estrutural, também conhecido como estilo Nebraska porque foi empregado pelos primeiros construtores de casas de palha em Sandhills. Nesse método não existem vigas e os fardos suportam o teto. A largura e densidade dos fardos os tornam inerentemente resistentes, e alguns preferem esse método sem estrutura porque requer menos habilidade para se construir, além de utilizar menos recursos.


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Construção em terra crua


As vantagens da construção em terra crua:

1 - Permeabilidade à radiação solar.
2 - Durabilidade, o solo não entra em ciclos de degeneração.
3 - Regulador térmico.
4 - Isolamento térmico.
5 - Regulador higroscópico¹.
6 - Ausência de toxicidade.
7 - Recurso renovável, abundante e local.
8 - Ausência de eletricidade estática.
9 - Absorção de odores e dissolução de gorduras.

É uma solução ecológica, uma técnica construtiva que não necessita de mão de obra especializada. Sendo a autoconstrução a solução lógica em países onde a maioria da população não detém recursos econômicos que permitam aceder a um alojamento digno. Além do seu baixo custo e do seu processo tecnológico simples, a arquitetura de terra possui características térmicas e acústicas excelentes. No entanto, as construções em terra são particularmente vulneráveis a fenômenos naturais tais como sismos², chuva e inundações.

Desvantagem:

A construção tradicional em terra possui uma resposta fraca à ação sísmica sofrendo danos severos ou colapso total, e causando a perda de vidas humanas e bens. A deficiência sísmica é provocada pelo elevado peso das construções, a reduzida resistência mecânica e o comportamento frágil.

O adobe, a taipa-de-pilão e o pau-a-pique são apenas algumas das técnicas construtivas em terra crua, abrangendo uma variedade de aplicações de processos e materiais para erguer paredes, muros, arcos, cúpulas e moradias inteiras, que acompanham as diferenças territoriais, climáticas e geológicas de cada local.

Higrômetro¹ - Instrumento para medir o grau de umidade da atmosfera.
Sismos² - Libertação súbita de energia que provoca movimentos da superfície terrestre. = Abalo sísmico, terremoto, tremor de terra.





terça-feira, 3 de abril de 2012

Permacultura

A permacultura é um método holístico para planejar, atualizar e manter sistemas de escala humana (jardins, vilas, aldeias e comunidades) ambientalmente sustentáveis, socialmente justos e financeiramente viáveis.
A ênfase está na aplicação criativa dos princípios básicos da natureza, integrando plantas, animais, construções, e pessoas em um ambiente produtivo e com estética e harmonia.
Permacultura tem na sua relação com a actividade agrícola uma síntese das práticas tradicionais com ideias inovadoras. Unindo o conhecimento secular às descobertas da ciência moderna, proporcionando o desenvolvimento integrado da propriedade rural de forma viável e segura para o agricultor familiar. E, neste ponto encontra paralelos com a Agricultura Natural, que sendo difundida intencionalmente pelas pesquisas do japonês Masanobu Fukuoka por todo o mundo, chegaram as mãos dos senhores fundadores da permacultura e foram por eles desenvolvidas.
A permacultura, além de ser um método para planejar sistemas de escala humana, proporciona uma forma sistêmica de se visualizar o mundo e as correlações entre todos os seus componentes. Serve, portanto, como meta-modelo para a prática da visão sistêmica, podendo ser aplicada em todas as situações necessárias, desde como estruturar o habitat humano até como resolver questões complexas do mundo empresarial.
Permacultura é a utilização de uma forma sistêmica de pensar e conceber princípios ecológicos que podem ser usados para projetar, criar, gerir e melhorar todos os esforços realizados por indivíduos, famílias e comunidades no sentido de um futuro sustentável.
A Permacultura origina-se de uma cultura permanente do ambiente. Estabelecer em nossa rotina diária, hábitos e costumes de vida simples e ecológicos - um estilo de cultura e de vida em integração direta e equilibrada com o meio ambiente, envolvendo-se cotidianamente em atividades de auto-produção dos aspectos básicos de nossas vidas referentes a abrigo, alimento, transporte, saúde, bem-estar, educação e energias sustentáveis.
Pode se dizer que os três pilares da Permacultura são: Cuidado com a Terra, Cuidado com as Pessoas e Repartir os excedentes.